sábado, 19 de dezembro de 2009

6 pt

numa bela noite de inverno, um simpático rapazinho caminhava apressadamente, tentando escapar ao tempo ameno mas tendencialmente arrefecido pelas nuvens que obstinadamente impediam os raios de sol de iluminar a terra.
o rapaz caminhava apressadamente e a passos largos.
subitamente, quando pensava estar ainda longe de casa, encontra atravessado no caminho, um carro amarelo.
surpreendido, não tanto pelo carro parado no meio do caminho mas sobretudo pela matrícula, recorda-se da sua e de surpresa em surpresa, de espanto em espanto, de constatação em constatação, não há dúvida , é de facto o meu carro, pensou.
aquilo que era motivo de estupefacção não deixava de ser, também, motivo de regozijo.
entrou no carro que era seu, não havia dúvida, o volante era confortável, virava para um lado e para o outro exactamente como estava habituado.
olhou para o lado e os papeis que habitualmente ocupavam o assento lateral, também eles eram os que tinha deixado, exactamente na posição em que se encontravam actualmente.
no espelho retrovisor surgiu uma sombra e ele saltou para fora do carro. encontrava-se um desconhecido no banco traseiro.
Pensou em chamar a polícia. Péssima ideia. Onde estava ninguém o podia ouvir. Ainda fez aquele movimento para pegar no telemóvel quando se lembrou que ainda não tinha sido inventado tal aparelho.
A medo, colocou a cabeça pelo vidro aberto da sua viatura e, cautelosamente, cumprimentou:
- Boa tarde.
- Boa tarde, respondeu o desconhecido
- Gostas de jogar xadrez?
- Gosto
- Então vem daí.
O simpático rapaz pediu licença para entrar no seu próprio carro e foi até casa.
Jogaram cinco partidas de xadrez, enquanto bebiam chá branco com umas bolachinhas, e tornaram-se amigos.

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